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Os impactos ao meio ambiente provocados pela mineração de criptomoedas

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Vivemos em um mundo capitalista e, convenhamos, até mesmo os socialistas querem e precisam ganhar dinheiro. E não há nada de errado com isso, desde que você não massacre o pobrezinho que está vendendo o almoço para tentar comprar a janta, é claro.

E tem muita gente ao redor do mundo tentando ganhar dinheiro com as criptomoedas, sem pensar no impacto ambiental que tal prática pode promover.

As criptomoedas não causam apenas impactos políticos, econômicos e tecnológicos. Elas despertaram o debate sobre os seus impactos reais e diretos no meio ambiente. O que antes era uma ideia de nicho está gerando aos poucos discussões em um âmbito da sociedade que afeta diretamente as nossas vidas.

Logo, vale a pena gastar alguns minutos para escrever sobre isso.

 

 

 

Como as criptomoedas estão acabando com o meio ambiente

A mineração de criptomoedas está gerando críticas muito negativas por conta do seu relevante papel na emissão de gases prejudiciais ao meio ambiente, afetando o clima do planeta através da contaminação do ar e da água.

A grande maioria das pessoas não se dá conta disso, pois esse é um mal invisível e que normalmente só tem um impacto prático na vida da maioria das pessoas quando os efeitos nocivos se tornam irreversíveis para o ecossistema.

Para o desenvolvimento das criptomoedas, é necessário uma grande quantidade de energia elétrica para a sua mineração. Em março de 2021, apenas o Bitcoin (que é a moeda digital mais popular e cobiçada do planeta) gastava nada menos que 149 terawatts/hora de energia por ano.

Agora, pense na quantidade de computadores e outros dispositivos eletrônicos que estão trabalhando sem parar para minerar essas e outras criptomoedas ao redor do mundo.

Sinceramente? Vamos entrar em colapso energético em médio prazo se não observarmos para o problema com o mínimo de seriedade.

 

 

 

Os impactos da mineração de criptomoedas nos países

A mineração de Bitcoin gasta mais energia que países como Dinamarca, Bulgária e Bielorrúsia, ou 25% de toda a energia produzida na Holanda, 15% da energia da Austrália ou 10% de todo o Reino Unido. E essas são porcentagens simplesmente assustadoras.

A quantidade de dióxido de carbono gerada com a mineração do Bitcoin ultrapassa as 17.000 quilotoneladas por ano. Esse processo de mineração produz o código hash que, por sua vez, se obtém utilizam um software específico para solucionar problemas criptográficos. Para ele funcionar, a quantidade de energia consumida é muito maior que a de um computador comum, o que fez com que o consumo de luz aumentasse aproximadamente 30% em algumas cidades do mundo.

Sem falar na grande quantidade de resíduos eletroeletrônicos que são despejados no meio ambiente, afetando as massas de água locais.

Os países que mais produzem criptomoedas no mundo (e, por tabela, os que mais prejudicam o meio ambiente com isso) são China, Estados Unidos e Rússia. E é preciso que esses e outros governos tomem medidas enérgicas para reduzir essa agressão ao ecossistema.

Os desenvolvedores de software estão fazendo a sua parte ao buscar soluções alternativas para reduzir as emissões de dióxido de carbono durante a produção de criptomoedas, na tentativa de reduzir as consequências no clima e no meio ambiente por parte dessa atividade.

Porém, isso não é o suficiente. Algo institucional precisa ser feito sobre esse assunto. O quanto antes.


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@oEduardoMoreira