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Os smartphones de entrada estão em claro processo de extinção

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O mundo da tecnologia segue avançando, e o segmento de smartphones não é uma exceção.

Telefones mais modernos chegam ao mercado todos os meses, deixando os valores mais elevados e os usuários mais embasbacados com as inovações.

Porém, essa evolução tem um preço, e os valores dos smartphones não param de subir, deixando muitos usuários frustrados. E esse aumento de preço faz com que os telefones de entrada se tornem um artigo em extinção.

Se é que não dá para dizer que eles estão completamente extintos.

 

Idosos e usuários mais leigos que lutem a partir de agora

O ano de 2023 marca definitivamente o fim dos smartphones decentes com preço abaixo dos R$ 1.500.

Há 10 anos atrás, essa era a faixa de preço dos telefones intermediários. Até dava para comprar um telefone de entrada decente ou com especificações mais básicas com preços abaixo desse valor.

Na casa dos R$ 1.000, existiam os telefones com especificações mais básicas, mas o suficiente para usuários como os idosos ou aqueles que procuram ter um telefone mais simples ou secundário.

Hoje, essa busca é praticamente inútil. Um telefone de entrada que preste custa entre R$ 1.000 e R$ 1.500.

Abaixo disso, você tem enganações disfarçadas de smartphone.

 

Alguns exemplos que ilustram melhor esse problema

A Xiaomi ainda não lançou o seu Redmi 12 “seco”, e quando o fizer, deve ficar entre R$ 1.200 e R$ 1.500. E não dá para esperar que a variante A desse modelo custe muito menos que isso.

A TCL, outra empresa que oferecia telefones relativamente baratos, não renovou a sua série 300. Se quisermos algo com preço acessível, teremos de nos voltar para os modelos do ano passado, como vou detalhar mais adiante.

A faixa de entrada do Realme também disparou de preço. O Realme C55, um dispositivo com o processador Helio G88, tem preço de 219 euros lá fora. Não há vestígios de um possível sucessor do C11 de 2021.

E é sempre importante lembrar para os mais distraídos que… estamos em 2023. Ou seja… não teremos um C13 sem o C12.

Entendeu?

A busca parecia completamente perdida, até que veio a Motorola para jogar um pouco de luz no assunto.

A empresa lançou recentemente o Moto e13, um aparelho com básico com bateria de 5.000 mAh, o que é sempre ótimo para quem quer passar um dia inteiro longe da tomada.

Porém, esse telefone chega ao mundo com Android 13 (GO), memória interna de 64 GB (expansível via cartões microSD), processador UNISOC e 2 GB de RAM.

Ou seja, o seu preço tende a ser muito acessível, mas não pode esperar muito pelo pouco que vai pagar por ele. E eu não sei se você vai conseguir conviver com tão pouco, mesmo se as suas expectativas são realmente baixas com o telefone.

 

Existe alguma solução para esse problema?

Diante desse panorama, a solução é a de sempre: apostar nos modelos do ano passado que baixaram de preço.

Do lado da Xiaomi, existem várias opções, como o Redmi 9C ou o Redmi A1. São telefones simples, projetados para usos específicos, mas que são melhores do que os telefones mais básicos de 2023.

Outro caso marcante é o do Realme Narzo 50A Prime, que pode entregar uma boa relação custo-benefício para muitos usuários, apesar de já ter algum tempo de mercado.

Se esticarmos o orçamento, encontramos propostas da Samsung como o Galaxy A13 ou o M13, que são um pouco mais caros do que alguns modelos que mencionei neste artigo, mas que fatalmente vão entregar uma experiência de uso melhor do que alguns modelos “de entrada” apresentados em 2023.

A Motorola também tem outros modelos em sua linha de entrada que podem rivalizar com os dispositivos básicos mais caros da Samsung.

Menciono dois exemplos: Moto G20 e o Moto E7, que obviamente não são os telefones mais modernos do mercado, mas ainda são opções viáveis para quem busca um celular com especificações básicas e que entregam um pouco mais do que telefones mais novos que são tão pobres que eu não recomendo nem mesmo para a minha mãe de 80 anos com Alzheimer em estágio avançado.

 

Para concluir…

Ao contrário do que acontecia há alguns anos, quando era possível encontrar modelos básicos de celulares por menos de R$ 1.000, nesse momento, esse tipo de oferta é algo praticamente inexistente.

Com o aumento geral dos preços, os smartphones de entrada começaram a flertar com a barreira limite de R$ 1.500, tornando difícil para os usuários mais básicos encontrar um celular novo e moderno por um preço acessível.

Ainda existem opções no mercado que podem anteder aos usuários que querem investir um pouco mais em telefones básicos lançados nos anos anteriores, pois os preços desses modelos estão menores. Mesmo assim, todos os fatores mencionados neste artigo mostram claramente que ficou bem difícil comprar um telefone de entrada que não vai deixar você na mão pagando pouco por isso.

Ou seja… a sua avó vai ter que gastar mais para receber os vídeos polêmicos das amigas da canastra, e o seu smartphone reserva muito provavelmente vai custar a partir de R$ 1.500.

Brasileiro sofre… fato!


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@oEduardoMoreira