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Perder o emprego amado para ganhar mais no trabalho remoto: sim, é possível

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Em meio à turbulência da pandemia de COVID-19, o fenômeno do trabalho remoto ganhou força nos bastidores das corporações ao redor do planeta.

Esse modelo de trabalho, adotado com a finalidade de minimizar deslocamentos desnecessários e reduzir o contato físico, revelou-se uma solução eficaz para manter as engrenagens das empresas em funcionamento durante o período de crise sanitária global. E enquanto muitos se habituaram a essa nova forma de operar, algumas organizações hesitaram em continuar investindo nessa modalidade quando o “novo normal” se estabeleceu.

No meio de perdas e ganhos, teve pelo menos um profissional que saiu ganhando em se manter fiel à filosofia do trabalho remoto, já que trocou o antigo emprego onde o chefe era resistente ao formato para ganhar muito mais no novo emprego que aceita as inovações.

 

Uma troca que, neste caso, compensou

Timothy Done foi um dos muitos jovens profissionais que se depararam com essa essa encruzilhada em 2022. Durante dois anos, ele desbravou o universo do trabalho remoto, colhendo benefícios como a notável melhora em sua produtividade. Entretanto, uma reviravolta transformou sua realidade de forma drástica.

Um comunicado da empresa exigia seu retorno físico ao escritório, e foi aí que o impasse se instaurou. Após ter se mudado a 600 km da sede, a possibilidade de três deslocamentos semanais tornou-se impraticável, forçando Timothy a tomar uma decisão dolorosa: renunciar a seu tão almejado posto de trabalho.

Foram justamente as vantagens do teletrabalho que o fizeram tomar essa difícil decisão. Em busca de um ambiente mais compatível com sua nova realidade, Timothy mergulhou na busca por um novo emprego.

Após cinco meses de busca, os resultados apareceram. Ele não apenas duplicou seus rendimentos, mas também encontrou um equilíbrio perfeito entre a vida profissional e pessoal.

Hoje, Timothy celebra sua nova situação profissional. A qualidade de vida é notavelmente superior, e a autonomia para executar suas tarefas segundo seu próprio estilo é um diferencial marcante.

 

Nem tudo é perfeito, obviamente

É claro que existem alguns asteriscos nesse sucesso do nosso protagonista na busca pelo trabalho remoto tão desejado.

Ao longo de sua jornada, Timothy percebeu que o teletrabalho demanda responsabilidade. Ele afirma que “após ter trabalhado em casa durante quatro anos, assumir essa responsabilidade tornou-se algo natural”. Seu exemplo e experiência claramente contradizem a suposição de que o trabalho remoto seria sinônimo de falta de produtividade.

A desconfiança das empresas em relação à capacidade dos funcionários de manterem a eficácia do trabalho remoto persiste. Mas são justamente casos como o de Timothy que lançam luz sobre a viabilidade dessa prática profissional e seu potencial para ser um modelo genuinamente vantajoso tanto para colaboradores quanto para as organizações. A redução de custos operacionais e a possibilidade de reter talentos, mesmo à distância, emergem como argumentos de peso.

Entendo que o trabalho remoto é a resposta mais coerente e moderna para um mundo que busca estabelecer o tempo todo a otimização de recursos e a flexibilidade nas operações. Está muito claro que deixamos a fase de experimento para ver os resultados práticos desse formato profissional.

Sou suspeito para falar. Trabalho em home office desde os meus 28 anos de idade (hoje tenho 44 anos), e não abro mão do meu home office de cada dia. Sei que para mim é mais fácil, pois sou dono do meu próprio negócio. Mas defendo que empresas e profissionais procurem alinhar seus interesses para fazer o trabalho remoto funcionar em larga escala nas empresas e organizações públicas e/ou privadas.


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@oEduardoMoreira