Press "Enter" to skip to content
Início » Resenhas e Reviews » Primeiras Impressões | Limitless (CBS, 2015)

Primeiras Impressões | Limitless (CBS, 2015)

Compartilhe

Limitless-CBS-logo-key-art

No mundo da TV, nada mais se cria. A temporada de reboots e remakes começou, e Limitless chegou nas nossas vidas antes do tempo, em mais um dos ‘vazamentos’ produzidos pelos canais. Ok, a série estreia hoje (22) nos Estados Unidos, mas como o canal decidiu liberar a mariola antes, vamos dar nossos pitacos.

Limitless é baseada no filme de mesmo nome (no Brasil, Sem Limites), baseado na graphic novel The Dark Fields. A história da série acontece depois dos eventos do filme, centrando sua narrativa em Brian Finch (Jake McDorman). Brian é um cara aparentemente comum, sem objetivos concretos na vida, mas muito inteligente, o que entrega à ele um potencial enorme de raciocínio. Mas quando esse potencial não é explorado, isso acaba se perdendo.

Quando o seu amigo descobre que ele está trabalhando em um departamento qualquer da sua empresa, ele oferece uma misteriosa droga chamada NZT-48, que faz com que o QI de Brian aumente para quatro dígitos, transformando o seu cérebro em uma poderosa ferramenta de armazenamento de dados. A partir daí, ele pode memorizar tudo o que ele lê, ouve ou vê. O sonho de qualquer estudante, mas na vida adulta.

Não só isso. Brian não só consegue memorizar tudo, mas consegue raciocinar melhor sobre qualquer coisa, já que ele tem um maior volume de informação para decidir sobre as diferentes situações que aparecem na sua frente. Por conta disso, ele consegue tomar a decisão mais adequada em milésimos de segundo, vendo todas as possibilidades das alternativas disponíveis.

Além disso, Brian também é capaz de enxergar evidências onde a maioria das pessoas não conseguem ver, e isso o torna um recurso muito valioso para o FBI.

limitless_pilot_2

O problema é que o NZT-48 provoca efeitos colaterais sérios para Brian. Não só os físicos (cólicas e náuseas insuportáveis) como também as ameaças da corporação que detém o controle da droga. Nisso, entra no seu caminho ninguém menos que Eddie Mora (Bradley Cooper), protagonista dos eventos do filme, e agora potencial candidato a presidente dos EUA.

Eddie promete ajudar Brian com os efeitos do NZT-48, desde que Brian o ajude com algumas missões específicas, que serão reveladas ao longo da temporada.

Limitless é o que eu chamo de piloto ‘redondo’. Cumpre com o seu papel de apresentar os personagens e o plot geral da série, sem muitas enrolações, e de forma que o telespectador se importe com as motivações do seu protagonista. Levando em conta que estamos falando da CBS, o canal especialista em séries procedurais, as chances dessa produção engrenar são enormes.

Mas, diferente de Intelligence, que tem basicamente o mesmo plot (o cara que tem uma espécie de computador no cérebro), Limitless parte do princípio que o protagonista é um cara comum, e não o Josh Holloway (que tem sempre aquela cara canastra de quem saiu de um comercial da Gillette). Isso torna o seu personagem mais acessível. Sem falar que Jake McDorman ‘até lembra’ (veja bem, eu disse ATÉ LEMBRA) um pouco Bradley Cooper em alguns dos seus traços físicos e corporais.

limitless-cbs

Uma das preocupações de muitos era justamente o fato da série não ter como protagonista Bradley Cooper. Acho que Limitless não vai ter problemas com esse aspecto em específico. Mesmo porque o elenco da série conta com nomes de peso como Jennifer Carpenter e Mary Elizabeth Mastrantonio.

Mas o mais importante do que tudo isso é que a série tem ritmo. Consegue alternar bem as cenas de ação/corre-corre com aquelas que mostram o potencial criativo de Brian para resolver os problemas com a sua inteligência acima da média/turbinada com uma droga poderosa. Isso pode ajudar a manter o telespectador entretido na série, ainda mais quando pensamos em um público que já está acostumado a ver esse tipo de série no canal.

Limitless é uma das candidatas a se dar bem nessa temporada. Não estou afirmando que será um sucesso estrondoso, mas pelo menos começa com a eficiência já conhecida da CBS em produzir uma série que se comunica bem com o seu público. É claro que muita gente vai torcer o nariz pelo fato de ser mais uma série do tipo ‘caso do dia’ na TV norte-americana. Mas se a galera da CBS gosta… fazer o que?

De qualquer forma, está aprovada, considerando todos os aspectos discutidos nesse post.


Compartilhe
@oEduardoMoreira