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Que a Geração Z perca o emprego para os cringes então…

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Algumas empresas estão adotando uma estratégia que olha um pouco fora da caixa para atrair talentos: contratar profissionais mais velhos.

É basicamente o movimento contrário do que a grande maioria das empresas e diversos segmentos de mercado de trabalho estão adotando neste momento, onde os mais velhos são preteridos por profissionais mais jovens. E isso é bizarro e, ao mesmo tempo, bem interessante.

De acordo com um recente relatório publicado pelo The Wall Street Journal, essas empresas acreditam que os trabalhadores mais experientes possuem uma ética de trabalho sólida e um compromisso inabalável, características essenciais para impulsionar o sucesso dos negócios.

Algo que a Geração Z não tem?

 

Etarismo ao contrário?

A decisão de buscar profissionais sêniores surge em contrapartida à dificuldade que algumas empresas enfrentam ao trabalhar com a chamada “Geração Z”, composta por indivíduos nascidos a partir de 1997.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Resume Builder, três em cada quatro executivos afirmam que é mais desafiador trabalhar com essa geração em comparação a outras. A situação chega ao ponto de 65% dos empresários admitirem que precisam demitir os jovens trabalhadores com maior frequência.

Dentre as razões apresentadas pelos empregadores, destacam-se a falta de liberdade de expressão dos executivos mais experientes, que se sentem limitados em suas comunicações. No entanto, essa justificativa é amplamente considerada pouco profissional.

Outras razões mais substanciais apontadas por profissionais incluem a dificuldade da Geração Z em aceitar hierarquias, e a tendência de se distrair facilmente devido à necessidade de realizar múltiplas tarefas.

De acordo com a pesquisa mencionada, 34% dos entrevistados preferem trabalhar com os millennials, enquanto 30% optam pela Geração X. E isso me traz um enorme alívio, pois agora sei que não vou ficar desempregado com tanta facilidade.

As principais razões para essa preferência pelas gerações mais velhas (que normalmente são chamadas de “cringe” pelos membros da Geração Z) são a percepção de que os millennials são mais produtivos (44%) e possuem melhores habilidades tecnológicas (42%). Já os executivos que preferem trabalhar com a Geração X acreditam que eles são mais honestos (46%) e produtivos (42%).

 

O valor da terceira idade diante desse cenário

A realidade está mostrando que cada vez mais empresas estão reconhecendo o valor dos profissionais mais velhos.

De acordo com o relatório do WSJ, três quartos das pessoas com 65 anos ou mais afirmaram em uma pesquisa recente que o trabalho duro é extremamente importante para elas pessoalmente. Surpreendentemente, 61% dos jovens entre 18 e 29 anos também compartilham dessa mesma opinião.

Desde 2012, a AARP (Associação Americana de Pessoas Aposentadas), uma organização sem fins lucrativos que atende às necessidades dos indivíduos com mais de 50 anos, tem pressionado as empresas a oferecerem oportunidades justas de contratação para essa faixa etária.

Os esforços da AARP têm mostrado resultados positivos, com um aumento de 122% nos compromissos assumidos pelas empresas no último ano, em comparação com 2021. Entre as mais de 2.500 empresas que se comprometeram a adotar essa prática, destacam-se gigantes como Bank of America e Microsoft.

Empresas como a KinderCare também estão entre aquelas que abraçaram esse compromisso, detectando que os profissionais mais velhos estão dispostos a assumir horários flexíveis, cobrir refeições e intervalos, bem como estar disponíveis para qualquer emergência.

Ou seja, a necessidade de momento abriu espaço para um grupo de pessoas que, em teoria, já estavam fora do mercado de trabalho. E a Geração Z que lute para mostrar ética profissional a partir de agora.

Caso contrário, não consegue nem mesmo aquele emprego de atendente do McDonald’s que tantos estudantes universitários evitam a todo custo durante as férias escolares.


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@oEduardoMoreira