Eu nem sabia o que era ter um celular na vida, mas queria um PDA (Personal Digital Assistant), um pequeno computador portátil que atuava como uma agenda eletrônica inteligente. Mas ele ia além disso.
Foi nessa época que eu me dei conta que realmente gostava de gadgets, e que minha vida seria destinada a usar, falar, escrever e comentar sobre eles. Sem o PDA Palm, eu jamais estaria escrevendo este post.
Um dos primeiros gadgets da minha vida. Um dos primeiros produtos de tecnologia que comprei com o meu próprio bolso, e tinha a imensa satisfação em usar.
Pena que ele foi embora tão cedo.
Ter um Palm era ter uma vida organizada
Eu usava o Palm para, basicamente, gerenciar melhor a minha vida e atividades pessoais e profissionais. Talvez eu estivesse com a ilusão que era alguém importante o suficiente para gerenciar a minha vida a partir de um dispositivo com tela sensível ao toque e controlado por uma caneta de plástico. Ou só queria usar um gadget que impressionasse a mim mesmo como usuário de tecnologia.
Posso dizer que fui um feliz usuário de alguns modelos Palm ao longo da vida, tanto com telas em preto e branco como com telas coloridas. Acho que usaria um produto como esse até hoje se os smartphones não tivessem atravessado o meu caminho. Mas ficou bem claro com o passar do tempo que o Palm ou PDA estava com os seus dias contados no mercado de tecnologia.
Alguns celulares um pouco mais modernos e com mais recursos apareceram com os recursos de agenda que já eram mais que suficientes para registrar aniversários e compromissos, mas faltava a parte de anotações e jogos. A caneta Stylus era bem útil para quem precisava anotar conteúdos neste dispositivo, dando um ar mais profissional para o uso do gadget.
Então, veio o tal do iPhone em 2007, e o PDA começou a ser aposentado com o passar do tempo. Não que eu reclame de andar com vários gadgets no bolso, mas com a popularização dos smartphones em nossas vidas, o Palm, velho e competente guerreiro, começou a ficar obsoleto.
No final das contas, vendi os meus dispositivos Palm para comprar smartphones e pagar contas. Deveria ter guardado pelo menos um ou dois dos modelos que mais utilizei, apenas para ter uma lembrança nostálgica dos meus primeiros anos como usuário de tecnologia.
Mas… não. Hoje, só me resta as lembranças que estou compartilhando com você neste post.
Um pioneiro sedutor
Eu realmente sou grato ao tempo que utilizei o PDA como um dispositivo de tecnologia. Sem ele, os demais não viriam. E eu não seria um efetivo apaixonado por tecnologia como sou hoje. Quem sabe seria uma pessoa comum, que utilizaria a tecnologia de forma banal e sem qualquer compromisso com essa passionalidade que tenho hoje.
Quem sabe tudo seria mais simples e, ao mesmo tempo, sem graça.
Fato é que aqueles que tiveram a oportunidade de usar um PDA da Palm ou de qualquer outra marca na vida foi feliz em ter um dos gadgets mais interessantes de todos os tempos. Essa fatia do tempo foi generosa comigo, e reaquecer a memória por causa desse produto é algo que aquece a minha mente e o meu coração.
De novo: pensar no PDA é uma forma bem interessante de voltar ao passado e constatar que foram ótimos tempos de consumo de tecnologia.
E não vou terminar o texto com a brega e batida frase “bons tempos que não voltam mais”. O presente é incrível, já que consigo usar alguns dos melhores gadgets do mundo.