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Um incrível museu dos videogames em um quarto de uma casa qualquer

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Chega a ser fascinante ver essas enormes coleções de consoles de videogames e jogos do passado. Muitos gamers decidiram construir verdadeiros museus do passado para compensar o “na volta a gente compra” que ouviram dos pais por anos.

É o caso do nosso amigo Luis (que teve o nome modificado por uma questão de segurança), um morador da Andalucia que tem um autêntico museu dos videogames lançados nos anos 90.

E é uma coleção de jogos tão fascinante, que ele teve que proteger a sua identidade para manter intacto o seu legado. Então, vale a pena conhecer o que o Luis montou para si e para o mundo.

 

As origens da coleção

Luis começou sua coleção há treze anos, quando sua então namorada lhe deu uma Mega Drive de presente. De lá para cá, não parou mais de adquirir itens relacionados aos consoles e jogos da quarta geração de videogames.

Ele não se interessou por consoles após a era dos 16 bits, dedicando-se especialmente a jogos retro. E não podemos julgá-lo por isso: muitos especialistas entendem que essa foi a “era de ouro” dos videogames, responsável por toda a popularidade que o segmento possui hoje.

Sua coleção possui 22 consoles e entre 250 e 300 jogos, com destaque para os itens do Super Nintendo e do Mega Drive como seus favoritos. Luis Estima ter gasto entre 2.000 e 3.000 euros ao longo dos anos, principalmente devido aos preços mais acessíveis dos itens no início.

Aliás, quem começou a colecionar jogos de videogames da década de 1990 entre 2000 e 2010 se deu muito bem, pois todos os itens eram considerados “velhos e ultrapassados”. Quando cada jogo e console passou a ser chamado de “vintage” (um termo gourmetizado), os preços simplesmente dispararam.

 

Um museu da era 16 bits em sua casa

Inicialmente, ele armazenava os itens sem cuidado. Mas ao comprar uma casa, dedicou uma sala inteira à coleção, inclusive construindo móveis especialmente planejados para receber os preciosos itens.

A sala é dividida em seções para Sega e Nintendo, com um televisor de retroprojeção dos anos 90 para acomodar várias consoles, já que é muito importante viver a experiência da época.

Luis construiu seus próprios suportes para jogos e consoles portáteis usando uma impressora 3D, destacando o aspecto artesanal de sua coleção. E isso reforça o aspecto ainda mais personalizado e único de sua coleção.

Ele gasta um bom tempo reparando e modificando suas próprias consoles, evidenciando seu apreço pelo processo criativo. E isso me faz lembrar muitos produtores de conteúdo adeptos das coleções de videogames retro, que contam com o mesmo comportamento.

Luis faz questão de deixar bem claro que sua coleção não é apenas uma paixão pelo retro, mas reflete sua preferência por elementos culturais dos anos 80 e 90. E segmentar uma coleção ajuda a agregar valor aos itens que você coleta ao longo dos anos.

Para Luis, a coleção não é apenas sobre jogar, mas sobre o processo criativo e artesanal por trás de sua montagem. Sua dedicação para esse projeto é enorme, e o resultado final salta aos olhos de qualquer pessoa apaixonada pelos videogames.

E… eu sei que você está se perguntando… “por que ele teve que esconder o seu nome?”.

A partir de agora, a resposta.

Luis é músico e professor de escola secundária, e sempre tenta mostrar aos seus alunos como as telas estão consumindo a vida de todos. Ele sempre pede que eles façam outras coisas para efetivamente viver a vida, como ler, passear, tocar um instrumento ou qualquer outra coisa.

Se os seus alunos descobrem a existência desse autêntico museu dos videogames, Luis será refém de um dos grandes problemas da humanidade: a hipocrisia.


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@oEduardoMoreira