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Você quer um smartphone implantado no seu ouvido?

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Para certas perguntas, a resposta é NÃO logo de cara. Mas quando algumas opiniões são compartilhadas por um dos pais da telefonia móvel, é importante pensar alguns segundos antes de negar novas tecnologias.

Martin Cooper afirmou durante a MWC 2023 que “a próxima geração terá o telefone implantado abaixo da pele dos ouvidos”, e essa teoria que mais parece um trecho do roteiro do filme Minority Report pode estar mais próxima de se tornar realidade do que eu gostaria.

Apesar de achar que tal inovação tecnológica pode transformar a minha vida em um autêntico pesadelo, vou tentar entender melhor a teoria do tio Martin para dissertar melhor minhas visões sobre o tema.

Não que alguém se importe com isso, mas preciso oferecer conteúdos criativos para você.

 

O que Martin Cooper pensa sobre o telefone do futuro

Cooper afirmou que o próprio corpo humano poderia ser “o carregador perfeito” para esse futuro telefone implantado abaixo da pele do ouvido, onde o alimento consumido pelo usuário seria o responsável por produzir a energia necessária para alimentar esse telefone.

Ou seja, se essa tecnologia se tornar uma realidade, é correto dizer que o meu smartphone implantado no ouvido terá uma bateria infinita, pois a quantidade de comida que eu consumo vai me transformar em uma powerbank eterna.

Quem me conhece pessoalmente vai entender essa piada e concordar comigo.

Na visão de Cooper, a cada vez que o usuário precisa realizar uma chamada telefônica e não conta com um fone de ouvido para a comunicação, ele é obrigado a utilizar “uma peça plana de metal” (em um formato que claramente lembra um smartphone) contra a sua cabeça e segurar o braço em uma posição desconfortável.

Por outro lado, o mesmo Martin entra em contradição. Ele já declarou sobre suas preocupações com a privacidade e o vício dos dispositivos móveis nas pessoas.

Além disso, Cooper reconhece o fato que não esperava que os smartphones se transformariam em outros elementos como câmeras fotográficas ou enciclopédias, realizando várias outras tarefas que transformam o dispositivo em um computador de bolso.

Neste caso, temos que pensar que Cooper desenvolveu alguns de seus pensamentos no passado, em um mundo onde a internet não existia em larga escala, e o contexto de telefonia móvel era bem diferente do que temos hoje.

 

O que eu penso sobre tudo isso?

Eu penso que isso não vai dar certo, pelo simples fato de que uma das últimas coisas que os usuários realizam em um smartphone nesse momento é se comunicar por voz.

E se essa tecnologia algum dia vingar, ela não estará disponível para a minha geração. Quem sabe daqui a 30 anos, quando eu estiver velho e cego demais para usar uma tela. Se bem que, até lá, todas as pessoas com quem eu mais converso pelo telefone não estarão nesse mundo.

Existem iniciativas similares neste aspecto, como fones de ouvido com indução óssea que considero uma solução bem interessante. E implantes de micro-dispositivos eletrônicos já são uma realidade.

Por isso, vai ser interessante testemunhar o avanço da tecnologia para descobrir se as previsões de Martin Cooper se materializam. E eu não vou contrariar sua visão sobre esse universo. Afinal de contas, ele é um dos responsáveis por você chegar até o final desse conteúdo que você acabou de consumir através do seu smartphone.


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@oEduardoMoreira