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Vou fazer isso na hora de reclamar da minha internet lenta no Brasil…

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Confessa: qualquer pessoa que usa a internet no Brasil nos últimos 25 anos já teve a vontade de fazer isso. Bem sabemos que o serviço por aqui é precário, e muitos de nós mudamos de operador algumas vezes.

Agora, pense em um cidadão que é cliente desde os tempos que a internet não existia. Pense em toda raiva encubada, as frustrações e decepções. E imagina tudo isso explodindo de uma só vez.

 

 

 

Frustrado desde a década de 1960

 

Aaron Epstein tem 90 anos e é cliente da operadora norte-americana AT&T desde 1960. Ou seja, é um cliente fiel com uma operadora que não ofereceu um bom serviço de internet para ele, que estava muito lenta (quando funcionava).

Então, Epstein tomou uma decisão: investiu US$ 1.100 do seu dinheiro em uma publicidade no Wall Street Journal, que nada mais era do que uma carta pública para o CEO da AT&T, John Stankey.

 

 

Considerando que este é o jornal de maior circulação em Manhattan, Aaron tinha como objetivo alcançar os investidores da empresa com sede em Dallas, Texas, tentando fazer algum tipo de pressão para que as coisas mudem de alguma forma.

O detalhe mais curioso desse manifesto é que Epstein mora em North Hollywood, Califórnia, do lado oposto de onde mora os investidores da AT&T. E na cidade onde o nosso herói vive, a sua conexão de internet móvel é de apenas 3 Mbps, diferente da internet de alta velocidade dos leitores alvo de seu protesto.

Epstein questionou o fato da concorrência oferecer serviços com velocidades de mais de 200 Mbps, e a AT&T oferecer apenas 3 Mbps. Perceba que ele não gostaria de sair da operadora, mas sim ter um serviço de melhor qualidade para seguir com a vida.

Mas… por outro lado… não seria mais fácil o Epstein mudar de operadora?

 

 

 

Por que esse caso não tem solução?

 

 

A raiz do problema é que a internet em alta velocidade da AT&T não está disponível na região onde Epstein vive porque é uma das regiões onde a operadora está descontinuando o serviço de rede via DSL, e ainda não atualizou o local para as conexões de fibra ótica.

Além desse problema de logística, Epstein fica profundamente irritado pelas propagandas que recebe por e-mail e na televisão sobre a AT&T oferecer o serviço de internet com maior velocidade nos Estados Unidos… menos é claro em North Hollywood.

E a única resposta que ele recebe é “a operadora está trabalhando para melhorar os serviços na sua região”.

Cara… até parece o Brasil….

Epstein paga US$ 100 por mês para ter duas linhas telefônicas e pelo serviço de internet que é uma porcaria. E para se manter online, paga US$ 49 adicionais para a Charter, uma segunda companhia de internet banda larga regional.

A AT&T se defende, afirmando que segue melhorando e investindo nas melhorias em suas redes sem fio, colocando mais de US$ 3.1 bilhões na sua infraestrutura de rede na área de Los Angeles entre os anos de 2017 e 2019.

Porém, a internet de Epstein está estagnada nos 3 Mbps. E ele não vive no Brasil.

Que coisa…

 

 

Via Ars Technica


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@oEduardoMoreira