Explorar os limites da tecnologia é para poucos. E algumas façanhas são dignas de se aplaudir de pé, e por um único motivo: porque alguém pensou nisso antes do que eu e virou notícia, e eu continuo a ser um f*d!d0 que escreve para um blog pessoal que ninguém lê.
Um desenvolvedor genial e audacioso recentemente desafiou os limites da virtualização e sistemas operacionais, alcançando um feito notável que atraiu os holofotes de toda a comunidade de tecnologia (e se não fosse assim, esse artigo não tinha motivos para existir). Ele conseguiu fazer o Windows 7 funcionar dentro de uma pilha de sistemas Windows, que inclui o Windows 8, Windows 8.1, Windows 10 e até mesmo o Windows 11.
Senhores e senhoras (principalmente as senhoras que eu tanto amo), amigos e inimigos… conheçam o “Winception”.
Um Windows dentro de um Windows, dentro de outro Windows…
Esse feito, que foi sugestivamente batizado de “Winception” em alusão ao filme “A Origem” (Inception) de Christopher Nolan (o mesmo diretor do aclamado “Oppenheimer”), envolve a criação de uma espécie de torre de sistemas operacionais da Microsoft, onde cada versão do Windows é executada dentro da outra.
É bem simples de entender: é só imaginar o Windows 7 rodando dentro do Windows 8, que por sua vez está alojado no Windows 8.1, e assim por diante. Uma montanha de softwares da Microsoft que pode dar calafrios naqueles que sempre amaram o macOS.
O cérebro por trás dessa incrível demonstração é um desenvolvedor conhecido como NTDEV, que detalhou minuciosamente os passos que o levaram a alcançar esse resultado surpreendente. Para concretizar essa façanha, ele utilizou a plataforma VMWare Workstation, a única ferramenta que permitiu que esse experimento funcionasse.
Ele também mencionou dificuldades com outras soluções de virtualização que, em última análise, comprometeram o sucesso do projeto.
Na prática, o que aconteceu?
O resultado final dessa sandice é uma cadeia de cinco sistemas operacionais funcionando simultaneamente, cada um dentro do outro. NTDEV compartilhou imagens e vídeos que comprovam sua conquista nas redes sociais, incluindo um vídeo no YouTube que pode render orgasmos múltiplos para os mais tarados por tecnologia.
A reação dos usuários é um mix de espanto com o comportamento típico das fãs da Taylor Swift, com muitos elogiando sua criatividade e genialidade. Já outros fazem perguntas sobre o desempenho e a utilidade dessa configuração incomum, e alguns até estão desafiando o NTDEV a adicionar mais camadas de sistemas operacionais a essa “Winception.”
Sério… parte dessa sociedade é doente… quer ver o Windows XP ou Windows 2000 rodando na pilha de virtualização… que povo sem noção!
Qual o sentido disso?
Se bem que… a pergunta mais óbvia do mundo a essa altura do campeonato é: por que alguém faria isso com o Windows?
Qual é o propósito de executar tantos sistemas operacionais simultaneamente?
Tá, são duas perguntas óbvias, mas eu não vou voltar neste texto.
A resposta mais simples é: porque é possível. E a resposta mais direta só pode ser um clássico “porque eu quero”.
Trata-se de um desafio pessoal, uma prova de conceito, uma forma de se divertir com a tecnologia e empurrar os limites da virtualização. Não é todo mundo que usa o computador para jogar na Steam ou descobrir a cura do câncer. Tem gente que só quer colocar os softwares no extremo do seu funcionamento, e não podemos julgar essas pessoas.
Tudo bem, existem também motivos práticos para essa conquista. Essa configuração única pode ser usada para testar a compatibilidade de diferentes programas ou aplicativos com várias versões do Windows. É uma oportunidade para acessar recursos específicos disponíveis apenas em determinados sistemas operacionais e comparar o desempenho e a estabilidade de cada um deles.
É uma demonstração da versatilidade e da evolução contínua do Windows, além de ser um marketing gratuito que a Microsoft até agradece.
Por último e não menos importante: de forma surpreendentemente, NTDEV não precisou de um hardware extremamente poderoso para realizar essa proeza. Ele construiu sua “Winception” com um processador AMD Ryzen 7 5800HS e 16 GB de memória RAM, especificações que são tangíveis para boa parte dos usuários.
Mas como nem todo mundo tem habilidade ou paciência para ficar empilhando versões do Windows, apenas assistimos a proeza do NTEDV em vídeo, contemplando esse ato fantástico e quase revolucionário dentro de um mundo da informática meio insípido e chato.