Não há como negar que as crianças estão se interessando por tecnologia cada vez mais cedo. Com um domínio surpreendente sobre dispositivos eletrônicos, elas estão absorvendo conhecimentos e habilidades digitais de forma impressionante.
Embora essa tendência possa gerar preocupação em muitos pais e avós, é importante compreender que o contato com a tecnologia não precisa ser encarado como algo negativo. Contudo, é essencial que haja supervisão e orientação adequadas para garantir o uso saudável e seguro desses dispositivos pelas crianças.
Já que é inevitável o contato das crianças com a tecnologia, que ao menos você possa oferecer o melhor dispositivo para cada idade. E é sobre isso que vou falar neste artigo.
Tablet é o ideal para crianças em idade pré-escolar
Quando se trata de incluir as crianças no mundo digital, o tablet se destaca como a opção mais recomendada para os pequenos em idade pré-escolar, geralmente entre 5 e 6 anos no Brasil. As razões para essa escolha são claras e evidentes.
Em primeiro lugar, as telas dos tablets são consideravelmente maiores em comparação com as dos smartphones, tornando o dispositivo mais fácil de ser utilizado pelas crianças. Além disso, o transporte do tablet é simplificado devido ao seu peso geralmente inferior a 500 gramas, o que facilita sua manipulação pelas crianças.
Uma tela maior é sempre mais chamativa para as crianças, e os próprios pais e professores sabem disso com a observação da convivência com eles nos ambientes doméstico e escolar.
Outro aspecto favorável dos tablets é que suas telas maiores facilitam a leitura e a interação com os conteúdos exibidos em páginas da web, jogos e aplicativos. A interface visual desses dispositivos é mais amigável e intuitiva para as crianças do que nos smartphones.
Além disso, os tablets têm a vantagem de impedir chamadas indesejadas e o uso de aplicativos de mensagens, evitando surpresas nas contas de telefonia ou internet dos pais.
Embora a qualidade das câmeras frontais dos tablets seja muitas vezes inferior, eles ainda permitem chamadas de vídeo com familiares e amigos. E esse é outro fator a ser considerado para a escolha do dispositivo para o uso dos menores da casa.
Depois dos 7 anos de idade, considere um smartphone
À medida que as crianças crescem e entram na fase pré-adolescente, os smartphones se tornam mais práticos e versáteis, oferecendo a elas a possibilidade de realizar várias tarefas simultaneamente, capturar fotos de melhor qualidade e uma experiência de uso mais completa.
É importante ressaltar que a escolha do momento adequado para a transição para o smartphone depende dos pais ou responsáveis. É recomendado investir inicialmente em modelos mais simples e básicos, com foco educacional e configurado para restrições a recursos avançados até os 12 anos de idade.
Não há uma regra fixa para a troca de perfil de dispositivo. A decisão deve ser baseada no bom senso dos adultos, levando em consideração o desenvolvimento específico da criança em questão. Uma alternativa é permitir que a criança use o telefone do adulto de forma recreativa até que ela demonstre conscientização e responsabilidade suficientes para lidar com o uso adequado de um smartphone.
É claro que essa tática não é válida para todo mundo, e até mesmo os pais com filhos mais “bonzinhos” correm o risco de ter problemas com a alteração de recurso de forma não autorizada ou o compartilhamento de informações sensíveis para terceiros. Mas quero acreditar que cada adulto sabe o que está fazendo, ou responde pelas consequências do que o seu filho fará com o seu smartphone.
De qualquer forma, todo mundo sabe que os smartphones oferecem uma gama mais ampla de recursos, sendo ferramentas úteis para atividades escolares, jogos com gráficos mais avançados e comunicação com amigos por meio de aplicativos de mensagens instantâneas.
Controle e limites: a importância do papel dos pais
Independentemente do dispositivo escolhido, é fundamental que os pais mantenham um controle ativo sobre o uso dos tablets e smartphones pelas crianças. Estabelecer limites de tempo de uso e monitorar os aplicativos e páginas da web acessados são medidas essenciais para garantir a segurança e a privacidade dos pequenos.
Os pais são diretamente responsáveis pelas consequências do uso de dispositivos eletrônicos pelos seus filhos, e precisam assumir essa realidade na prática. Deixar tudo por conta da tecnologia que já existe é um erro grosseiro que pode ser evitado.
É importante ressaltar que tanto tablets quanto smartphones não representam problemas em termos de segurança e privacidade, desde que os adultos assumam a missão de supervisionar e orientar as crianças no uso desses dispositivos.
O domínio precoce da tecnologia por parte das crianças não deve ser motivo de preocupação, desde que os adultos assumam o papel de supervisores e orientadores. Com uma abordagem responsável e equilibrada, os dispositivos eletrônicos podem ser ferramentas valiosas no desenvolvimento e na educação das crianças.